A seleção italiana, inicia sua jornada nas eliminatórias para a Copa do Mundo nesta sexta-feira, 6 de junho, em Oslo, capital da Noruega. O técnico Luciano Spalletti considera algumas opções importantes para a formação titular, incluindo a possível estreia do zagueiro Coppola.
A Seleção Italiana pode ter uma outra abordagem tática, apostando em uma estrutura capaz de se adaptar tanto à posse quanto ao contra-ataque.
A Base Defensiva
Na meta, Gianluigi Donnarumma mantém sua titularidade incontestável, oferecendo segurança e liderança desde o gol. À frente dele, a linha de três zagueiros composta por Bastoni pela esquerda, Gatti centralizado e Di Lorenzo pela direita. Essa trinca defensiva proporciona cobertura sólida, com Bastoni responsável pela saída qualificada e Di Lorenzo trazendo mobilidade e apoio na construção pelo lado.
Meio-Campo Dinâmico
A sustentação da equipe passa pelo meio-campo, formado por quatro jogadores com características complementares. Ricci, como volante central, atua como o ponto de equilíbrio, protegendo a defesa e organizando a transição. Ao seu lado, Tonali e Barella oferecem intensidade e qualidade na distribuição, alternando entre marcação e apoio ofensivo. Pelas alas, Udogie (esquerda) e Cambiaso (direita) são peças-chave, garantindo amplitude e profundidade. Ambos têm liberdade para avançar e apoiar os ataques, funcionando praticamente como pontas quando a equipe tem a posse.
Criatividade e Finalização
Na linha de criação, Raspadori atua como meia-ofensivo centralizado, flutuando entre o meio e o ataque para articular jogadas e servir o atacante. Na referência, Retegui é o centroavante encarregado de finalizar as jogadas e pressionar a defesa adversária. A movimentação de Raspadori permite variações ofensivas, com trocas de posição e infiltrações que confundem as linhas defensivas rivais.
E Orsolini?
É justa a ausência entre os titulares de Riccardo Orsolini, nome frequente em boas atuações pelo Bologna e com perfil ofensivo. Habilidoso, veloz e com forte presença ofensiva pelo lado direito, Orsolini poderia ser uma alternativa mais aguda para a função de ala ou até mesmo ocupar uma das vagas de meia ofensivo, oferecendo mais profundidade e imprevisibilidade ao ataque italiano.
A dúvida permanece: estaria a Itália desperdiçando um talento que pode agregar exatamente o que esse sistema demanda? Com sua capacidade de quebrar linhas e finalizar de fora da área, Orsolini oferece uma característica rara nesse elenco – o drible incisivo e a ousadia nas jogadas individuais.
O Custo da Omissão
Com adversários cada vez mais fechados, depender apenas da circulação de bola e da movimentação sem um “quebrador de linhas” nato pode tornar a Itália previsível. Orsolini, mesmo não sendo o nome mais midiático, é justamente o tipo de jogador que pode mudar o jogo em um lampejo e que pode fazer toda a diferença.
A nova formação da Azzurra é promissora, mas deixa espaço para discussão. E em meio às boas opções do elenco, o nome de Riccardo Orsolini surge como uma ausência notável que talvez mereça mais atenção. O esquema é novo, mas a velha pergunta persiste: o talento está realmente recebendo a chance que merece?
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