A candidatura da Itália para sediar a Eurocopa de 2032 está em xeque. A cerca de um ano da decisão final da UEFA, o país enfrenta um grave problema de infraestrutura em seus estádios, com a maioria dos projetos de reforma ou construção estagnados, segundo informações da FIGC e da própria UEFA.
Dos 11 estádios propostos para receber o torneio, apenas a Juventus Stadium, em Turim, cumpre todos os requisitos de modernização e segurança. Grandes símbolos do futebol italiano, como o San Siro (Milão) e o Estádio Diego Armando Maradona (Nápoles), estão inapropriados para o evento e demandam investimentos bilionários em reformas profundas ou a construção de novas arenas. Apenas reformas superficiais, como a prevista para os Jogos Olímpicos de 2026 em San Siro, não seriam suficientes.
A situação é mais crítica em Nápoles, onde a falta de um plano de ação comum entre o poder público e o presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, pode levar à exclusão da cidade. Em Milão, embora haja consenso para um novo estádio, a lentidão burocrática e a necessidade de financiamento até julho acendem o luz de alerta.
A federação italiana e o governo expressam preocupação com a possibilidade de a Turquia se tornar a única sede da competição, um cenário que seria um golpe duro para a imagem do futebol italiano.
A esperança para a Itália reside em projetos que têm avançado, como o novo estádio da Roma em Pietralata, a reforma do Franchi de Florença (com obras já em andamento) e o projeto do novo estádio em Cagliari. Além disso, há novas candidaturas que podem reforçar a presença italiana, como a de Palermo, que surge como uma alternativa viável para o sul do país, e a de Bari.
Com a chegada iminente de um novo comissário para os estádios, as autoridades italianas buscam acelerar os processos. O desafio é grande, mas a nação precisa de uma resposta rápida e coordenada para garantir seu lugar no maior torneio de seleções da Europa.
0 Comentários
Deixe o seu comentário ou sugestão. Sua opinião é importante.