O mistério da convocação de Daniel Maldini persiste: Goleadores esquecidos, filho de lenda convocado



Com o fim da temporada 2024–2025 da Série A italiana, o técnico da seleção italiana, Luciano Spalletti, revelou a convocação da Azzurra para os dois primeiros confrontos das eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2026. Os adversários serão a Noruega, fora de casa (em Oslo), e a Moldávia, em solo italiano (Reggio Emilia).

A convocação conta com 27 jogadores. A maior surpresa é a presença do jovem zagueiro Diego Coppola, do Hellas Verona, que recebe sua primeira chance na seleção principal. Além disso, três jogadores estão de volta após longos períodos ausentes:

  • Francesco Acerbi, que deve ser uma escolha estratégica para marcar o atacante norueguês Erling Haaland,

  • Riccardo Orsolini, que estava sem ser convocado há cerca de um ano,

  • Davide Zappacosta, ausente da seleção há três anos e meio.

A preparação da seleção será dividida em dois grupos. O primeiro, com 21 jogadores, começa os treinamentos no dia 31 de maio, no CT de Coverciano. O segundo grupo, composto por seis atletas que disputarão a final da UEFA Champions League entre Inter de Milão e Paris Saint-Germain, se apresentará no dia 2 de junho. São eles:

  • Francesco Acerbi

  • Nicolò Barella

  • Alessandro Bastoni

  • Federico Dimarco

  • Davide Frattesi

  • Gianluigi Donnarumma

A lista também evidencia a valorização de jogadores em boa fase em seus clubes:

  • Quatro atletas do Napoli, atual campeão italiano: Alex Meret, Alessandro Buongiorno, Giovanni Di Lorenzo e Giacomo Raspadori.

  • Dois jogadores do Tottenham, que conquistaram recentemente a Liga Europa: Guglielmo Vicario (goleiro) e Destiny Udogie (lateral).

No entanto, entre os convocados, um nome em especial levanta questionamentos: Daniel Maldini. O atacante, filho do lendário Paolo Maldini, foi chamado mesmo após marcar apenas 6 gols em toda a temporada da Série A 2024/2025, desempenho inferior ao de diversos outros jovens atacantes italianos que atuaram com mais regularidade e eficiência.

Por exemplo, nomes como Patrick Cutrone (7 gols), Sebastiano Esposito (8 gols), Roberto Piccoli (10 gols) e Andrea Pinamonti (10 gols) — todos em clubes de menor expressão — superaram Daniel tanto em números quanto em constância. Vale ressaltar que os atletas mencionados e esquecidos, além de balançar as redes, realizaram assistências importantes. A pergunta inevitável que paira é: o que justifica essa convocação?

Seria pela influência do sobrenome Maldini? Ou talvez por pressões empresariais e relações de bastidores? Spalletti, que costuma pregar equilíbrio tático e bom senso, parece aqui ignorar o princípio básico da meritocracia, chamando um jogador que não se destacou nem em número de gols, nem em desempenho coletivo.

O receio é que, seguindo esse padrão, Daniel Maldini acabe ocupando vagas importantes em futuras competições como a Euro ou até mesmo a Copa do Mundo, sem nunca ter realmente provado merecer esse espaço dentro de campo. Enquanto isso, jovens talentos que lutam por espaço e produzem mais seguem sendo ignorados.

Diante disso, surge uma dúvida legítima: será que a seleção italiana não precisa de um novo técnico que entenda que desempenho deve pesar mais que sobrenome? A Azzurra, que busca retomar seu protagonismo internacional, não pode se dar ao luxo de decisões questionáveis e convocações sem critério técnico claro. A camisa azul deve ser conquistada — não herdada.




A convocação recente da seleção italiana para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 trouxe de volta um nome há muito tempo ignorado de maneira inexplicável: Riccardo Orsolini. O atacante do Bologna precisou marcar 15 gols na temporada — número expressivo, especialmente considerando o contexto competitivo da Serie A — além de fazer comemorações chamativas e constantes exibições de destaque, para finalmente ser lembrado por Luciano Spalletti. Durante muito tempo, mesmo em boa fase, Orsolini parecia invisível aos olhos do treinador.

O contraste se torna ainda mais gritante quando se observa o tratamento dado a Daniel Maldini. Com apenas 6 gols na temporada, o filho do lendário zagueiro Paolo Maldini mais uma vez aparece na lista de convocados da Azzurra, sem justificativa plausível baseada em desempenho. A insistência na convocação de Daniel, enquanto talentos como Orsolini precisavam quase implorar em campo por atenção, levanta questões incômodas sobre os critérios reais utilizados por Spalletti.

Não é desrespeito a Daniel Maldini — que é um jogador jovem e ainda em formação — mas é evidente que sua presença constante na seleção não se sustenta por mérito técnico ou números. Enquanto isso, atacantes da seleção sub-21, muitos deles com mais gols, mais minutos em campo e mais impacto nas partidas, seguem esperando uma oportunidade que nunca chega. Da mesma forma que Coppola subiu da Seleção azzurrini para os Azurri, outros casos semelhantes poderiam ocorrer.

Seria muito mais lógico, e até saudável para a renovação da equipe, dar chances a jovens goleadores da base da Itália, que estão famintos por espaço e prontos para competir de verdade. Do jeito que está, parece que alguns nomes só precisam carregar um sobrenome famoso ou ter empresários influentes para furar filas, enquanto outros precisam escalar montanhas para sequer serem notados.

A pergunta que fica é: Luciano Spalletti vai continuar fechado na própria bolha, ignorando a realidade que está nos campos semana após semana? Ou ele só vai enxergar seus erros quando for tarde demais — talvez quando a vaga na Copa do Mundo estiver em risco ou quando o próprio cargo estiver sendo contestado?

Enquanto isso, torcedores e analistas seguem assistindo à mesma história: talentos sendo esquecidos, e jogadores medianos, porém bem conectados, sendo tratados como imprescindíveis. A meritocracia, ao que parece, às vezes, falta na seleção italiana.

GOLEIROS:


Gianluigi Donnarumma (Paris Saint-Germain)


Alex Meret (Napoli)


Guglielmo Vicario (Tottenham)


DEFENSORES:


Francesco Acerbi e Alessandro Bastoni (Inter de Milão)


Alessandro Buongiorno (Napoli)


Andrea Cambiaso e Federico Gatti (Juventus)


Diego Coppola (Hellas Verona)


Giovanni Di Lorenzo (Napoli)


Federico Dimarco (Inter de Milão)


Matteo Gabbia (Milan)


Destiny Udogie (Tottenham)


Davide Zappacosta (Atalanta)


MEIO-CAMPISTAS:


Nicolò Barella e Davide Frattesi (Inter de Milão)


Cesare Casadei e Samuele Ricci (Torino)


Manuel Locatelli (Juventus)


Nicolò Rovella (Lazio)


Sandro Tonali (Newcastle)


ATACANTES:


Moise Kean (Fiorentina)


Lorenzo Lucca (Udinese)


Daniel Maldini e Mateo Retegui (Atalanta)


Riccardo Orsolini (Bologna)


Giacomo Raspadori (Napoli)



Raoul Bellanova (9 assistências), Tommaso Augello (7 assistências) e Zaccagni (6 assistências e 8 gols) fizeram falta na convocação da Nazionale Italiana?  

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