O Real Madrid garantiu a primeira colocação em seu grupo no Mundial de Clubes, culminando em um esperado, e para alguns temido, confronto nas oitavas de final contra a Juventus. A equipe merengue, sob a nova batuta de Xabi Alonso, demonstrou uma clara evolução tática e de performance ao longo da fase de grupos, culminando em uma vitória convincente sobre o FC Red Bull Salzburg por 3 a 0. Este resultado, somado à derrota da Juventus para o Manchester City, define o clássico europeu em Miami.
A transição de Carlo Ancelotti para Xabi Alonso trouxe mudanças significativas na filosofia de jogo do Real Madrid. Após um início "lento" no torneio, marcado por uma performance abaixo do esperado e um empate contra o Al Hilal de Simone Inzaghi – onde o time de Xabi Alonso foi superado em boa parte do jogo e Valverde ainda perdeu um pênalti crucial –, o Real Madrid mostrou sua real qualidade na segunda rodada. Mesmo com a expulsão de Asensio logo aos 7 minutos contra o Pachuca, os Blancos superaram a adversidade e venceram por 3 a 1, uma demonstração de força e profundidade do elenco.
A grande novidade e o ápice da performance merengue até agora no Mundial de Clubes veio na vitória por 3 a 0 sobre o Salzburgo. Pela primeira vez no comando do Real Madrid, Xabi Alonso implementou um esquema com três zagueiros, uma variação do 3-5-2, reminiscência de sua passagem pelo Bayer Leverkusen. Essa mudança tática, que já havia sido testada nos minutos finais contra o Pachuca para proteger o resultado, foi adotada de forma mais ousada contra os austríacos.
A formação contou com Tchouaméni recuando para a zaga, atuando entre Rüdiger (pela direita) e o ex-juventino Huijsen (pela esquerda), algo que difere do 4-3-3 de Ancelotti, onde Tchouaméni frequentemente encontrava dificuldades. No meio-campo, a equipe manteve a qualidade técnica com Arda Güler e Jude Bellingham como meias-ofensivos, ladeados pelos alas Alexander-Arnold (um titular indiscutível desde sua chegada) e Fran García. No ataque, a dupla foi formada por Vinicius Júnior e o promissor Gonzalo García, que já soma dois gols em três partidas.
A performance contra o Salzburgo não foi apenas taticamente diferente, mas também marcou um Real Madrid mais agressivo e focado no pressing, uma exigência constante de Xabi Alonso desde seu retorno à Espanha. O próprio treinador enfatizou a necessidade de "defender todos os onze jogadores em campo" e a importância de saber "como queremos pressionar". Essa filosofia foi endossada e exemplificada em campo por Vinicius Júnior, o melhor jogador da partida, que não só marcou um golaço, mas também deu uma assistência de calcanhar "à la Guti" para o gol de Valverde.
O confronto Real Madrid vs. Juventus nas oitavas de final do Mundial de Clubes promete ser um embate de estilos e uma prova de fogo para o "novo" Real Madrid de Xabi Alonso, que parece estar finalmente encontrando sua identidade e ritmo sob o comando do ex-volante espanhol. A Juventus de Tudor, que enfrentou dificuldades contra o Manchester City, terá pela frente um adversário renovado e com fome de títulos.
Apesar do favoritismo evidente do Real Madrid, comandado por Xabi Alonso e vivendo uma nova era tática de excelência, a Juventus mantém viva uma esperança sólida de avançar às quartas de final do Mundial de Clubes. Com um elenco determinado e focado, o time italiano aposta em sua tradição, organização defensiva e espírito competitivo para surpreender os espanhóis em um duelo que promete ser eletrizante. Mesmo diante de um adversário considerado superior, a Vecchia Signora confia em sua capacidade de superação para escrever mais um capítulo memorável em sua história internacional.
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