Sampdoria Passa pelo Primeiro Desafio: Vitória Crucial no Playout da Série B

 


O Marassi vibrou. Não de uma festa de título, mas de um grito de alívio que ecoou em Gênova. Na quente noite do primeiro round do playout da Série B, a Sampdoria deu um passo gigantesco em direção à permanência na segunda divisão do futebol italiano. A vitória por 2 a 0 sobre a Salernitana, conquistada com gols do holandês Meulensteen e do recém-chegado Curto, lavou a alma de uma torcida que, mesmo em tempos difíceis, segue sendo um espetáculo à parte.

O confronto entre blucerchiati e granata não foi um primor técnico. Longe disso. Foi uma batalha, daquelas que se decidem na garra, na estratégia e, sobretudo, no aproveitamento das poucas chances. A Salernitana de Pasquale Marino, para ser franco, pareceu perdida em campo. Um ataque estéril, incapaz de criar perigo real, foi a tônica do time, que se mostrou pouco propenso a construir jogadas e, consequentemente, a ameaçar a meta adversária.

A Sampdoria de Alberico Evani, por outro lado, soube capitalizar o que tinha de melhor: o calor de sua torcida e a solidez defensiva. O primeiro gol, aos 39 minutos, foi a epítome da persistência. Após um escanteio, o goleiro Christensen, da Salernitana, espalmou a bola, mas a sobra caiu nos pés de Ferrari, que, com maestria, cruzou para a cabeçada certeira de Meulensteen. Um gol de centroavante puro, que puniu a desorganização defensiva dos visitantes.

Mas o lance que realmente deu o tom de "alívio" para a Sampdoria veio no apagar das luzes do segundo tempo. Aos 86 minutos, quando a Salernitana ainda sonhava em levar para casa um placar mais gerenciável, o zagueiro Curto, recém-saído do banco de reservas, se viu com a bola nos pés após uma confusão na área e não perdoou. O 2 a 0 é um peso enorme para os campanos e uma folga significativa para a Samp.

O jogo, no entanto, não terminou sem dramas. O goleiro Cragno sofreu uma lesão preocupante. E o apito final trouxe à tona a intensidade da rivalidade, com as expulsões de Borini, da Sampdoria, por uma entrada violenta, e de Stojanovic, da Salernitana, por revide.

Agora, a bola está com a Salernitana. Na próxima sexta-feira, no Estádio Arechi, em Salerno, eles terão a difícil missão de reverter o placar adverso. Precisarão vencer por pelo menos dois gols de diferença para forçar a prorrogação ou até mesmo garantir a salvação direta. Qualquer outro resultado, ou um empate no placar agregado, significará a permanência da Sampdoria na Série B, por força de sua melhor colocação na fase regular do campeonato.

A batalha foi vencida, mas a guerra pela permanência na Série B ainda tem um capítulo decisivo. E o Marassi, com certeza, já espera ansiosamente por um novo dia de festa.


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